Nebulosa planetária, com uma anã branca em seu centro



Apesar do nome, uma nebulosa planetária não está relacionada com planetas.

"Uma nebulosa planetária é um objecto astronómico (nomeadamente, uma nebulosa de emissão) que é constituído por um invólucro brilhante em expansão de plasma e gás ionizado, expulsa durante a fase de ramo gigante assimptótico que atravessam as estrelas gigantes vermelhas nos últimos momentos das suas vidas."

A Evolução das Anãs Brancas

O estudo sobre as anãs brancas iniciou-se em 1850 com a descoberta da estrela secundária de Sirius, chamada Sirius B. Observou-se ser uma estrela 10000 vezes menos luminosa do que Sirius A, mas com uma massa de 0.98 massa solar. Sua temperatura, sendo da ordem de 10,000K, seu raio deveria ser extremamente pequeno. Como estrelas com essa temperatura externa são brancas, esse tipo de estrela passou a ser chamado de anã branca.

Anãs brancas são bastante comuns, sendo encontradas em sistemas binários e em aglomerados. Como são remanescentes de gerações de estrelas formadas no passado, seu número cresce dentro da Galáxia à medida em que passa o tempo. Mas por serem muito pouco luminosas, é muito difícil detetá-las, exceto pelas mais próximas.

Uma anã branca é uma estrela que já esgotou seu combustível nuclear. Não possui, portanto, uma fonte de energia nuclear que a mantenha luminosa por muito tempo. Entretanto, uma anã branca, por ser originalmente a região central de uma estrela, é inicialmente um objeto bastante quente (ou seja, aquilo que "sobrou" depois do estágio de gigante assintótica). Em conseqüência, ela mantém-se irradiando luz pela conversão de seu manancial de energia interna em radiação. Uma estrela normal também o faz, mas tem sua energia térmica reposta pelas reações nucleares. No caso de uma anã branca, a inexistência de um processo de reposição de sua energia interna implica que a estrela lentamente se resfria. Estrelas de maior massa se resfriam mais rápidamente do que as de menor massa. Abaixo vemos a relação entre luminosidade e o tempo para uma anã branca. A isso chamamos de curva de resfriamento.
>br/> Em apenas uns 1000 anos, a temperatura da estrela sobe para uns 30000 K. A esta temperatura, a emissão de luz ultra-violeta é alta. Esta radiação é energética o suficiente para ionizar a camada de hidrogênio que foi expelida pelo vento estelar durante a fase de gigante assintótica. A camada de hidrogênio então começa a irradiar, transformando-se em uma nebulosa planetária. Este nome se deve à forma da nuvem de hidrogênio ionizado que circunda a estrela, que em geral é esférica e lembra vagamente a forma de um planeta. Ao centro da nebulosa então, resta apenas a região central remanescente.

Estrelas com massa superior a umas 20 ou 25 masses solares são capazes de continuar com o processo de fusão nuclear em seu caroço central até que este seja de Ferro. Aí explodem como supernovas ao final de sua passagem pelo ramo assintótico de gigantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário